quinta-feira, 28 de junho de 2007
terça-feira, 26 de junho de 2007
domingo, 24 de junho de 2007
dress code
preciso de te despir de mim.
Tears you see on my face, you do have something to do withFear starts creeping up when you have so much to lose
Your love wait you while you're cheating
Lighting strikes you when you're moving
Don't let me wonder away
I love you less now that I know you
Don't let the dress trick you
I love you less now that I know you
I won't count the scars again
Because I love you.
*Blonde Redhead
*Mashinka Firunts
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sábado, 23 de junho de 2007
alquimia
- o que é que tu fazes?
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quinta-feira, 21 de junho de 2007
summertime
... and the livin' is easy...
One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky
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quarta-feira, 20 de junho de 2007
You can compliment me on the style of my hair
GIve me marks out of ten for the clothes that I wear
You probably thought I had more upstairs.
I disappoint you.
Can't see through your perfect smile.
He likes to read books written for girls.
He prides himself on being a man of the world.
In the darkest of places he gets his thrills.
He will disappoint you
If you see through his perfect smile.
I think separation is okay.
You're not star to guide me anyway.
You only wanted me to play.
A fool...played by your rules.
Now my door has swollen from the rain.
God knows we'll never see her face again.
People get shattered in many ways.
They can disappoint you.
When you see through
Their perfect smile.
*Camera Obscura
*Mashinka Firunts
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segunda-feira, 18 de junho de 2007
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de forne de carne
Já disse que não quero nada.
Escrevo por lapsos de cansaço;
Não me macem, por amor de Deus!
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço.
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico velo só um bocado de mim —
*Kimiko Yoshida
*Fernando Pessoa, Lisbon Revisited (1923 e 1926)
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quinta-feira, 14 de junho de 2007
- Eu amo-te.
E iam com ela para a cama e para a mesa.
Quando era feia, as mesmas pessoas diziam-lhe:
- Não gosto de ti.
E atiravam-lhe com caroços de azeitona à cabeça.
A mulher pediu a Deus:
- Faz-me bonita ou feia de uma vez por todas e para sempre.
Então Deus fê-la feia.
A mulher chorou muito porque estava sempre a apanhar com caroços de azeitona e a ouvir coisas feias. Só os animais gostavam sempre dela, tanto quando era bonita como quando era feia como agora que era sempre feia. Mas o amor dos animais não lhe chegava. Por isso deitou-se a um poço. No poço, estava um peixe que comeu a mulher de um trago só, sem a mastigar.
Logo a seguir, passou pelo poço o criado do rei, que pescou o peixe.
Na cozinha do palácio, as criadas, a arranjarem o peixe, descobriram a mulher dentro do peixe. Como o peixe comeu a mulher mal a mulher se matou e o criado pescou o peixe mal o peixe comeu a mulher e as criadas abriram o peixe mal o peixe foi pescado pelo criado, a mulher não morreu e o peixe morreu.
As criadas e o rei eram muito bonitos. E a mulher ali era tão feia que não era feia. Por isso, quando as criadas foram chamar o rei e o rei entrou na cozinha e viu a mulher, o rei apaixonou-se pela mulher.
- Será uma sereia ? . perguntaram em coro as criadas ao rei.
- Não, não é uma sereia porque tem duas pernas, muito tortas, uma mais curta do que a outra . respondeu o rei às criadas.
E o rei convidou a mulher para jantar.
Ao jantar, o rei e a mulher comeram o peixe. O rei disse à mulher quando as criadas se foram embora:
- Eu amo-te.
Quando o rei disse isto, sorriu à mulher e atirou-lhe com uma azeitona inteira à cabeça. A mulher apanhou a azeitona e comeu-a. Mas, antes de comer a azeitona, a mulher disse ao rei:
- Eu amo-te.
Depois comeu a azeitona. E casaram-se logo a seguir no tapete de Arraiolos da casa de jantar."
Eu dantes passava muitas vezes pela Triste-Feia. A Triste-Feia estava triste por ser feia e era ainda mais feia, por estar triste.*Adília Lopes, Obra
*Mark Ryden, Jessica's Hope
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terça-feira, 12 de junho de 2007
segunda-feira, 11 de junho de 2007
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domingo, 10 de junho de 2007
Fonte de mel
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Quando atravessa
E não olha pra trás.
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quinta-feira, 7 de junho de 2007
*Jack Kerouac
*Saeko
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pronto, alguém pensou nas minhas férias...
Indigo is not a product of indulgent architecture that attempts to take over the scenery. It is an honest, almost college-dormish building that fits in its place as if it had always been there while also standing out as something one wants to explore. That has also been the appeal of Patagonia to adventurers, mountaineers, kayakers, trekkers and nature-lovers for decades. With its ancient ice fields older than time itself, fjords deeper than anyone can fathom, air and sky clearer than seems natural, and vistas more humbling than you can be prepared for, Patagonia makes you feel a bit like an intruder and yet you are unable to resist its lure.
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terça-feira, 5 de junho de 2007
bubblevicious
às vezes farto-me de ser a pastilha elástica
que reviras ao sabor da tua vontade
de enganar o tempo.
*tara mcphersonsegunda-feira, 4 de junho de 2007
o vermelho e o negro
fiquei a ver o meu sangue deslizar a prumo até borbulhar no chão.
serpenteio na maciez swarovski dos teus nervos sensitivos.
*helena almeida
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domingo, 3 de junho de 2007
Blues da morte de amor
já ninguém morre de amor, eu uma vez
andei lá perto, estive mesmo quase,
era um tempo de humores bem sacudidos
depressões sincopadas, bem graves, minha querida.
mas afinal não morri, como se vê, ah, não,
passava o tempo a ouvir deus e música de jazz,
emagreci bastante, mas safei-me à justa, oh yes,
ah, sim, pela noite dentro, minha querida.
a gente sopra e não atina, há um aperto
no coração, uma tensão no clarinete e
tão desgraçado o que senti, mas realmente,
mas realmente eu nunca tive jeito, ah não,
eu nunca tive queda para kamikaze,
é tudo uma questão de swing, de swing minha querida,
saber sair a tempo, saber sair, é claro, mas saber,
e eu não me arrependi, minha querida, ah, não,
ah, sim.
há ritmos na rua que vêm de casa em casa,
ao acender das luzes, uma aqui, outra ali.
mas pode ser que o vendaval um qualquer dia venha
no lusco-fusco da canção parar à minha casa,
o que eu nunca pedi, ah, não, manda calar a gente,
minha querida, toda a gente do bairro,
e então murmurarei, a ver fugir a escala
do clarinete:
- morrer ou não morrer, darling,
ah, sim.
*Vasco Graça Moura
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sexta-feira, 1 de junho de 2007
dia da criança
...
bem. na publicidade alusiva ao dia da criança escarrapachada na porta de um centro comercial, vê-se um sorridente bebé desnudado, de rechonchudo rabiosque para o ar, e lê-se em letras garrafais "goze-as". subtítulo: "enquanto elas não crescem". é que nem digo nada.
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