Dia para dia te perco.
cada vez mais distante num mundo que eu não entendo, que ninguem entende, que te confunde e te destroi.
perco-te de dia para dia, cada vez estás mais isolado numa linguagem sem letras nem sons
e o que mais doi
é que cada vez tenho menos tempo para dizer que te amo
cada vez estás mais longe
e em vinte e sete anos nunca fui capaz de saber quem tu és
o tempo corre veloz, e agora já nem tu me saberias dizer a verdade
ou explicar a mentira em que nasci
ou dizer se algum dia gostaste de mim
perco-te sem nunca te ter encontrado
vejo-te morrer a veres-te morrer
e eu não sei parar o tempo
até ao dia em que seja tarde de mais
e eu grite que te amo e tu já não me ouças
e não me possas nunca dizer
se alguma vez me ouviste
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
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1 comentário:
Mas temos sempre que tentar encontrar. Não está na nossa natureza parar de procurar. É vital para nós que assim seja!
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