quarta-feira, 25 de abril de 2007

Dia de cravos


Tinha um cravo no meu balcão:
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lhe ou não?

Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lhe ou não?

Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir

- mãe, dou-lho ou não?



* Eugénio de Andrade

2 comentários:

180º disse...

Não conhecia este poema, mas belo ao estilo de Eugénio. Feliz dia da Liberdade

Mei disse...

um beijo para ti!