quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

A estrela polar

Quando eu corria sôfrega atrás de ti e te seguia para todo o lado, era como uma premonição de que o meu tempo de vida passado ao teu lado seria sempre muito curto. Ajudaste-me a nascer, e quando partiste eu tornei-me adulta aos seis anos. A vida pôs as tuas mãos no meu berço porque eu precisava do teu amor para sobreviver. E depois afastou-te para que eu aprendesse a viver sem ti. Mas, sabes? Continuas a ser a pessoa que me faz mais falta. Continua a ser o teu conselho aquele que eu gostava de ouvir nos momentos importantes da minha vida. Passaram vinte anos e mesmo sem poder estar contigo e falar contigo (como é possível, duas pessoas tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes?...) cada gesto que recebo de ti continua a ser a luz que me mostra o Norte.

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