sábado, 24 de fevereiro de 2007

Kitty Simone 1 - Mei 0

Não, eu não tenho uma gata.
Cá em casa vive uma gata que me tem a mim.

A Kitty passou o primeiro ano de vida sem qualquer apelo dos prazeres da carne, tudo era inocência e suavidade. O primeiro cio veio ao de leve, como um ligeiro tremor, o susto da descoberta, e passou depressa. O segundo tardou um mês e marcou posições. Com ele vieram as primeiras serenatas nocturnas e gritos lancinantes de assustar o meu pobre coração de mãe. Eis então que, duas semanas (sim, duas singelas semanas!) depois, nova vaga! Valente e vigorosa, com direito a saltos acrobáticos sobre a minha cama - às 3 da manhã! - a vandalizar a cobertura do fogão ("pensavas fugir de casa pela chaminé??)...

"Ok, Kitty Simone, está na hora de irmos a uma consulta de planeamento familiar!"

E assim eu, na minha inocente credulidade de que ainda tinha poder de decisão, marquei a consulta com o sôdotor, para conseguirmos a melhor forma de todas as gatas desta casa poderem voltar à tranquilidade e à estabilidade hormonal, sem ter de passar pela operação (só a palavra me arrepia! brrr!!!). Pensava eu. Na minha inocente credulidade. Preparei o saquinho de transporte fashion que comprei há um ano atrás. Peguei nela com carinho, brincando pu-la lá dentro enquanto a madrinha da Kitty tentava fechar o saco e! Kitty Simone empertiga o corpo qual bebé teimoso, enrijece os músculos de tal forma que nada a consegue dobrar o necessário para entrar no saco... Várias tentativas depois, eu e a madrinha da Kitty já sem casacos, já de mangas arregaçadas, já quase a suar... fomos ter com o Sr. que a recolheu, o Sr. Segurança-Social-dos-Gatos-da-Zona, pedir uma caixa de transporte maior... voltámos confiantes e! nada! Kitty Simone cheirou, torceu o nariz e pura e simplesmente recusou-se a entrar!

E foi assim que acabei por ter de ligar ao sôdotor e explicar que não podia forçá-la, enquanto ele do outro lado ria da minha credulidade. Inocente. Eu já tinha obrigação de saber que mesmo nas questões como idas ao veterinário quem manda é sempre o gato... com aquele charme irresistível, aquela superioridade que não admite ser posta em causa, que todas as pessoas que partilham as suas vidas com gatos tão bem conhecem.


foto glamourosa daqui

5 comentários:

l.s. disse...

the cats own us



os meus gatos controlam a minha casa. absolutamente

Mei disse...

é um facto...

Paulo Dâmaso disse...

eu tenho um dog, o king ramone! :)
Bem, e no fundo, também é ele que controla a casa. Só é pena que não saiba cozinhar! ah ah ah

Mei disse...

eu tb tento explicar à kitty q devia começar a limpar a casa de vez em qdo, mas ela está sempre demasiado ocupada... a dormir...

Paulo Dâmaso disse...

eh eh eh

o king anda sempre mais preocuado em dar cabo dos tapetes das carpetes e do correio!

ihihih